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Iberian Historic Endurante com estreia em cheio


Debaixo de um sol esplendoroso em Portimão os 40 carros do Iberian Historic Endurance receberam a primeira bandeira verde do ano 2021. Uma grelha invejável enfrentou cada subida e descida do traçado algarvio. Disputadas todas as curvas e chegando ao fim os 40 minutos da sessão de qualificação foi Carlos Barbot, no seu sempre eficaz Merlyn MK4, o autor da volta mais rápida. No entanto não foi tarefa fácil para o piloto vindo do Porto, pois até ao últimos 10 minutos da sessão eram 5 carros dentro do mesmo segundo. O que só demonstrava uma coisa: para a Corrida 1 o espetáculo estava garantido! Miguel Ferreira e Francisco Carvalho foram os mais velozes a percorrer os quase 5 km na pista de Portimão no que toca à categoria H71. Na H65 os potentes motores dos exemplares americanos ocuparam as posições cimeiras. Com a equipa suíça Burgol Racing a preparar os seus exemplares da melhor forma possível. Com uma preparação eximia as duplas Neurrisse- Rouchaud , Fischer- Monay e Demole – Monay apenas se tiveram de preocupar em procurar a volta perfeita. No Gentleman Driver Spirit (GDS) os Ford Cortina Lotus do pai e filho Gama Rocha e Sousa Ribeiro ocuparam as primeiras duas posições seguidos de um Porsche 911 SWB de Nuno Nunes e José Carvalhosa.

O relógio caminhava para as 17h quando as luzes do semáforo se apagaram e o rugido dos motores do pelotão do Iberian Historic Endurance se fez ecoar pelas vazias bancadas do Autódromo de Portimão. Estava oficialmente inaugurada a temporada do Historic Endurance. Carlos Barbot largou bem mas ao seu encalce seguiram-se dois Porsches: a dupla Martinez-Fuster logo seguidos de perto por Vaz/Soares. Miguel Lobo, que neste evento foi o único na categoria H-INV, teve problemas logo na volta de apresentação e caiu para o fundo da extensa grelha. Quem não teve inicio fácil foi Bastos Rezende, que decidiu não alinhar com o seu De Tomaso Pantera e em vez do elegante carro italiano alinhou com um potente Porsche 911 3.0 RS o que significou que teria de partir de último. Os bólides americanos, Shelby Cobra 289 e Cobra Daytona, tripulados pelos simpáticos Neurrisse - Rochaud e Fischer – Monnay, não ficaram intimidados com a sua estreia em Portimão e arrancaram igualmente bem.

As primeiras voltas numa corrida de 50 min pouco influenciam o resultado final e nesta primeira prova não foi diferente. Com uma paragem obrigatória entre os 20 e os 30 min, as contas foram todas baralhadas. Todas as categorias tiveram diversos líderes. Na categoria GDS, a dupla familiar composta por pai e filho teve uma estreia memorável, Luis Gama Rocha e Diogo Gama Rocha contornaram as 16 curvas do traçado ao volante do icónico Ford Cortina Lotus e venceram. Os Germânicos Oldendorff e Hichert no charmoso Alfa Romeo GTA até ao segundo degrau do pódio mas logo no seu encalce seguiu Nuno Nunes com seu Porsche 911 SWB a fundo.

Em H1965, 3 participantes lideraram, todos modelos americanos mas a vitória acabou por sorrir à dupla Fischer – Monnay, seguidos por Demole – Monnay e a subir ao lugar mais baixo do podium Neurrisse – Rouchaud. Em H1971 quem liderou quase toda a corrida foi o Ford Escort RS 1600 de Miguel Ferreira e Francisco Carvalho, no entanto o carro britanico não aguentou o calor extremo vindo dos travões e do asfalto e acabou por ceder. No entanto quem não teve desafios acrescidos e cruzou a meta no primeiro lugar foi Domingos Sousa Coutinho e Ricardo Pereira, a dupla assistida pela RP Motorsport em BMW 2800 CS venceu e convenceu. A fazer companhia para levantar as belas taças graciosamente oferecidas pela Gupe, subiram ao pódio Piero dal Maso e José Carvalhosa que à semelhança dos terceiros classificados, Garcia- Garcia conduziram um Porsche 2.5 ST. Os três primeiros a cruzar a linha de chegada tinham muito em comum, o carro e a categoria. Foram 3 Porsche 911 3.0 RS em H76 a saborearem o espumante. Alfredo Martinez e Jesus Fuster atravessaram a fronteira e subiram ao lugar mais alto do pódio. Tal como foi referido anteriormente, não é como se começa mas sim como se acaba e com uma recuperação, no mínimo adjetivada como, incrível Pedro Bastos Rezende utilizou toda a sua experiência e conhecimento do traçado para subir ao lugar intermédio do podium. A finalizar este belíssimo podium surge a animada e carismática dupla Carlos Brízido e João Pina Cardoso que conduziram o famoso Porsche com a decoração Doutor Bayard até ao terceiro lugar da sua categoria.

A 7 minutos do final, devido à presença de óleo na pista, a direção de corrida decidiu por razões de segurança, terminar prematuramente a corrida de estreia em 2021.

No domingo, dia 9 de Maio os diversos exemplares clássicos terão pela frente mais um desafio de 50 min onde a única incerteza é a metereologia.

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